segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Voltando a questão do suicídio.









Não fiquei satisfeito com minha última intervenção sobre suícidio, por isso acessei meu acervo bibliográfico sobre o tema. Achei este livro interessante sobre a abordagem desta questão na história das ciências, este livro aborda o apoderamento do suicídio pelo discurso médico no século XIX, e mostra como cada médico produzia uma visão peculiar sobre o tema, e ainda muito mais peculiar era abordagem não médica dos séculos anteriores. O autor tenta algumas vezes no livro, mostrar exemplos de célebres suicidas e outros nem tanto assim, um dos exemplos refere-se ao vocalista da banda Nirvana (acima sua "carta de despedida"), na maioria dos exemplos citados, não consegui de fato descolar os episódios de suícido de uma associação com uma patologia mental (evidente que não me resumi ao raciocínio cartesiano, de que a patologia mental sem os fatores sócio-ambientais seria a única causadora do suicídio). No caso de Kurt, além de dependente químico, ao se fazer uma clara leitura de seus escritos, é claramente observável que o mesmo possui Distimia, um transtorno mental caracteizado por uma depressão crônica e leve.

Tentei buscar outras situações de suicídio, aonde a patologia mental não estaria presente; pensei no clássicos "ARAKIRIS", o suicídio na cultura japonesa, mas logo me vem a associação com a reação aguda ao stress, até agora o que me veio a mente, foi o suicídio de Getúlio Vargas, que talvez por falta de dados pessoais, não consiga vincular a uma patologia mental, porém não se pode negar que foi uma brilhante estratégia política. Outro tema importante foi a apreensão do suícidio pelo discurso preventivista, fato que se encontra mais recente na nossa história, considerando que tentamos estudar sempre as intervenções nos múltiplos fatores que interferem n patologia com o intuito de prevení-la. Importante ressaltar que hoje sabemos que o suicídio tem uma etiologia multifatorial, conhecemos os fatores de risco para que tal ato ocorra, mas sabemos que não é 100% evitável as mortes pelo suicídio, por isso este bom livro, traz  tona que muito ainda precisa ser discutido sobre o tema.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

O Solista - Filme







Continuando nossa busca pelos fenômenos psicopatológicos ou sintomas, encontrei neste filme uma excelente demonstração dos fenômenos psicopatólogicos clássicos da esquizofrenia: as alucinações auditivas, a pubicação do pensamento, alterações da consciência do eu, atitudes bizarras, ecolalia, fuga de idéias, afrouxamento de nexos associativos. Todos estes sintomas pode ser vistos neste bom filme. Sem esquecer que o filme mostra a péssima assistência em saúde que marca a sociedade americana e o contato com uma espécie de serviço comunitário filantrópico de assistência a saúde mental, que se "embola" com a assistência social a moradores de rua, inclusive esta "embolação" é um claro defeito do filme, e um claro defeito da visão da nosssa sociedade que associa diretamente os graves casos de transtorno mental com a questão dos moradores de rua, por isso cuidado com as frases finais do filme.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

sábado, 7 de novembro de 2009

Complementando o artigo de um amigo.

Reproduzo na íntegra, o artigo do blog do meu amigo Dr. Paulo Issa:

Nota Zero para Folha de São Paulo

7 de novembro de 2009
Estou no último dia do Congresso Brasileiro de Psiquiatria.
Peguei para ler o jornal ¨Folha de São Paulo¨ no saguão do hotel e me deparo com a seguinte manchete:
¨Vasco não deve ter seu torcedor ilustre no jogo histórico de hoje¨.
Fui ler a notícia e o tal ¨torcedor ilustre¨ era o indivíduo que tentou se suicidar no ano passado, no fim do jogo quando o time de futebol do clube Vasco da gama, foi rebaixado para 2a.divisão !
Ou seja, uma tentativa de suicídio é vista como um ato ¨ilustre¨ !?!  E com direito ainda de se tornar uma ¨celebridade¨(o jornal apresenta uma foto grande e colorida deste torcedor e traz uma matéria somente sobre ele).
Você pode imaginar agora, o que deve se passar na cabeça de milhares de outros torcedores, que já se agridem e matam uns aos outros, como prova de ¨amor¨ ao clube: ¨Tentar se suicidar é uma bela chance para ganhar uma bela reportagem no jornal¨.
Lamentável.
--
Dr. Paulo André Issa
NEUROPSIQUIATRIA INFANTIL E ADULTO
Barra - Copacabana - Campo Grande
(21)8834-5010 / 2415-0255 / 3474-7020

JÁ LEU? ww.pauloandreissa.com.br/blog
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Artigos Atualizados Semanalmente.

Minha complementação se faz por ter participado de grupos de estudos importantes sobre o tema. As pesquisas brasileiras recentes estudam a relação da mídia e do seus impactos sobre as taxas de suicídio, e existem exemplos importantes desde filmes que abordam o suicídio de estrelas tentando trazer um certo charme ao ato, passando por vídeoclipes e por livros biográficos, ou não, como o caso do vocalista do Nirvana, Kurt Cobain.

Por isso, meu amigo, não será nem a primeira e muito menos a última vez que veremos isso na mídia, que como você já disse é lamentável, mas exige da ciência uma resposta breve e eficaz.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

A "Epidemia" do Crack

A dependência do Crack tão complexa de tratar, não parece tão difícil de explicar. Como diria Galeano, o que se chamava de capitalismo, e que agora é chamado de "economia de mercado" fez o seu eterno papel, e jogou no mercado pobre, uma droga barata, mas angustiante, já que seu efeito é extremamente fugaz, esta droga é o Crack, que em poucos anos se apoderou das camadas pobres da sociedade e avança em níveis galopantes para a classe média e muito em breve para clase média-alta e classe alta de nosso país; motivos não faltam para explicar tal avanço, o crack é uma droga extremamente barata para quem a produz, ou seja é um produto excelente para o mercado atual, já que possui um custo baixo na sua linha de produção, garantindo sua alta lucratividade direta ( através de sua venda) e indireta (alimentando o "mercado da violência" e garantindo lucro para os países que vendem armas,por exemplo), além deste detalhe seu efeito corresponde a estratégia de todos os produtos que se jogam no mercado, possuem efeitos altamente fugazes, o que faz com que a necessidade de seu consumo seja alto, ou seja, a droga perfeita para uma "sociedade líquida" como diz o sociológo Bauman; e uma droga relativamente barata para quem a compra, digo relativamente, já que como o seu efeito é rápido comparado a outras drogas ílicitas, muitas vezes o custo do consumo do crack pode se equivaler ao custo do consumo de outras drogas. Por quê então o aumento do consumo de crack, se economicamente seu impacto fianceiro não se difere de outras drogas? a resposta é simples, e traz de volta a questão da sociedade líquida, marcada pelo individualismo, consumismo e imediatismo, então pode-se pensar que não se busca o crack somente pelos seus efeitos químicos que aplacam a angústia, a fome, a solidão e etc..., mas também pelo seu efeito psicológico, sendo asim se esta droga tem efeito rápido, o indíviduo tem a necessidade de comprá-la novamente em um espaço curto de tempo, aplacando esta angústia que marca a sociedade pós moderna de consumir em grende escala e consumir sempre. No próximo artigo sobre crack, vamos discutir sobre outra questão em voga, no momento, o tratamento desta dependência, sabendo de antemão, depois do que foi dito aqui, que as dificuldades do controle do consuma desta droga, não se dá só em relação a dificuldade do tratamento e sim a interação de múltiplos fatores.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sou Feliz Sozinho - Capa da Isto É.



Fui convidado pela revista para uma entrevista relacionada a este tema que foi capa da edição da última revista Isto É, em virtude de desencontros e outros compromissos, não foi possível que acontecesse tal entrevista, porém fiquei com o assunto na cabeça e gostaria de usar o meu espaço para manifestar minha opinião. A solidão como todos os comportamentos pode ser normal ou pode ser caracterizada como patológica; no caso da solidão como sintoma, podemos vê-lo desde a esquizofrenia a depressão, passando pelo pânico , pelo transtorno obsessivo compulsivo e etc... Porém no caso da revista, este comportamento é tratado pelo viés da normalidade, minha colocação, quanto a este comportamento não foge muito aquilo que foi colocado pelos excelentes profissionais que foram entrevistados na matéria; A conjuntura da sociedade pós-moderna nos empurra para uma postura cada vez mais individualista, aonde as relações sociais são cada vez mais fragilizadas e com o avanço da internet, a tendência é que este comportamento seja o mais comum entre os sere-humanos, questiono apenas se esta "normalização" viria sem um importante sofrimento, que parece não ser descrito na matéria, não vejo a humanidade, como uma espécie que tennha uma tendência ao isolamento, acho que este comportamento se dá em virtude de interesses  de estruturas globais maiores, que historicamente levaram a atual posição da sociedade perante ao mundo, e das suas características como sociedade de consumo. Diria que tendemos a este "isolamento" para que possamos parecer menos ameaçadores aos interesses políticos globais, e diria que o aumento do número de pessoas que adotem este comportamento, é inversamente proporcional a uma possível ameaça de mudança da conjuntura atual. Interessante salientar que a maioria dos dados da matéria são dados americanos, que é a "sociedade-marca" desta realidade. Gostaria de fechar minha leitura sobre esta matéria com um trecho do Livro, De Pernas Pro Ar, de Eduardo Galeano: " OS experts sabem transformar mercadorias em passes de mágica contra solidão. As coisas têm atributos humanos, acariciam, acompanham, compreendem, ajudam, o perfurme te beija e o carro é o amigo que nunca falha. A cultura do consumo fez da sociedade o mais lucrativo dos mercados. Os dolorosos vazios do peito são preenchidos com coisas ou com o sonho de possuí-las. E as coisas não se limitam a abraçar: elas também podem ser símbolos da ascensão social, salvo-condutos para atravessar as alfândegas das sociedades de classes,chaves que abrem portas proibidas. Quanto mais exclusivas, melhor: as coisas te escolhem e te salvam do anonimato multiudinário."

Rodrigo Nogueira Borghi é Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

Saga Lusa - Uma Sugestão.




Ótima Leitura!!! O relato leve e poético de um momento difícil, o aparecimento de uma crise, a ruptura das normas, narrados com cuidado e alguma dose de Humor. Um bom livro, para que as pessoas possam entender, o quanto é importante buscar um especialista nestes momentos. Veja abaixo a entrevista de adriana no programa do jô e a canção que ela escolheu para manifestar os sentimentos ligado a este período conturbado de sua vida.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

A casa dos Mortos!!!



Excelente Filme! Mostra as questões das instituições manicomiais. Além de mostrar interessantes alterações psicopatológicas nestes pacientes e principalmente caracteriza o estigma da psiquiatria e a importância de desconstruí-lo. Discutiremos mais a frente as alterações psicopatológicas que se pode ver nos pacientes.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sessão Psicopatologia!!!



Guardada as piadinhas que foram amplamente feitas na internet. Isto é uma aula de psicopatologia. Primeiro, as idéias delirante de cunho grandioso marcam toda a entrevista do indivíduo, é possível perceber que em alguns momentos ele para de falar rapidamente, pode se pensar em um bloqueio do pensamento ou em uma fuga de idéias. Em alguns momentos reforça-se a idéia da fuga de idéias, quando não há uma linearidade do penasamento, poderia ser um afrouxamento de nexos associativos, mas precisaríamos de uma avaliação mais precisa do quadro global. Estas manifestações podem ocorrer em diversos transtronos como a esquizofrenia, o transtorno afetivo bipolar, o transtorno esquizoafetivo e etc...

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma breve reflexão sobre o TDAH.

Eu sempre tento evitar entrar nas discussões sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; esta postura já gerou críticas como a possibilidade de eu não acreditar em tal diagnóstico, dentre outras, entrentanto minha questão não passa por aí, pelo contrário passa muito longe.

Acabei de ler na revista VEJA, a entrevista de uma colega psiquiatra que é portadora de TDAH, a entrevista é interessantíssima, porém( creio por questão de espaço) fica altamnete atrelada ao perfil biológico da doença, chega em alguns momentos a citar a questão da relação dos fatores ambientais com o transtorno e se torna um pouco enxuta ao falar da questão da hipermedicalização. Penso que muitas vezes, nós, psiquiatras ao falarmos sobre os transtornos mentais, principalmente sobre este recente "fenômeno diagnóstico", esqucemos de tratar a grande questão social, e digo isso, sem me remeter a questão de pirâmide social dividida entre classes econômicas, mas sim da questão do traço, das características do arranjo da sociedade, aonde o TDAH se insere, tanto que o diagnóstico, de forma bastante interessante, evolui conforme a evolução dos traços da sociedade moderna para pós-moderna, da mudança do caráter coletivo para ocaráter individualista da sociedade atual, da constante perda de normas e parâmetros refernciais na família e na escola (áreas aonde o prejuízo funcional do TDAH se tornam mais claras), a nossa sociedade perdeu os parâmetros relacionados as estruturas,digamos, hierárquicas das instituições, basta ver o adoecimento progressivo dos professores, a questão cada vez mais presente do bullying ( no filme brasileiro Pro Dia Nascer Feliz, há um relato de uma menina que esfaqueia a colega de turma por tê-la barrado em sua festa), o número de informações circulantes é imenso e facilmente acesado por todos, por isso me preocupa, quando nós médicos estamos altamente aderidos ao discurso cientificista e sua segurança, e esquecemos de analisar o caráter da sociedade em que um trantorno se insere e consequentemente deve influenciar a nossa avalição diagnóstico, para que não possamos correr os riscos de perder o mais rico do cuidar do outro. Sugiro aos nossos leitores o livro: Somos Todos Desatentos? trata muito bem esta questão da inserção deste diagnósitco no contexto de nossa sociedade.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

sábado, 26 de setembro de 2009

O enigma de Kaspar Hauser

Os comportamentos autistas observado em alguns bebês criados em relativo isolamento, em hospitais ou orfanatos(Spitz,1945;Rutter e O'Connor,2004), e , ainda, em macacos filhotes criados por mães artificiais, feitas de arame(Harlow e Harlow, 1962), fornecem argumentos para a hipótese de que a privação sensorial é uma potencial causa - ou, pelo menos, um fator contribuinte - do autismo.



Deixo esta frase e o início deste filme excelente para nossas discussões e coloco: é inegável que há um número cada vez maior de achados da fisiopatologia do autismo, em relação a neuroquímica, a neuroimunologia, aos potenciais elétricos alterados; porém não se pode negar que a doença surge em um momento da vida aonde a neuroplasticidade é altíssima, que fatores ambientais, influenciem no transtorno.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Transtornos do Sono na Infância

Os transtornos do sono na infância ocorrem com frequência razoável, muitas vezes é a primeira queixa dos pais ao procurarem o serviço médico.

Os principais transtornos do sono na infância são: insônia, sonolência diurna e eventos noturnos.

As causas principais de insônia são ansiedade, depressão, uso de medicamentos psicotrópicos, epilepsia coexistente, apnéia obstrutiva do sono, movimentos periódicos dos memvros durante o sono, anormalidades do ritmo circadiano, hábitos de sono ruins, hipersensibilidade a estímulos ambientais, retardo mental e autismo.

As causas da sonolência diurna são: Tempo de sono insuficiente, sono intrrompido, depressão, convulsões, medicamentos e narcolepsia.

Os eventos noturnos são: convulsões, transtornos de excitação não-REM(Rapid Eye Moviment - Movimentos Rápidos do Olho), transtorno do comportamento REM, transtorno do movimento rítmico.

Alguns exames auxiliam no diferenciamento dos transtornos do sono como: testagem neuropsicológica, actigrafia e polissonografia.

O tratamento dos transtornos do sono se dividem em tratamentos comportamentais como mudanças na higiene do sono, como lençóis mais pesados, evitar estimulantes, ambiente calmo e etc..., tratamentos farmacológicos de acordo com o diagnóstico e outros tratamentos como terapia de luz, procedimentos cirúrgicos para correção da apnéia do sono e etc...

Procure sempre o especialista.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O delírio, a loucura caricatural e o Impressionismo Alemão

Segue abaixo um filme histórico, um dos primeiros a falar da psiquiatria. Gostaria de comparilhar a visão do personagem principal, e sua allteração do juízo de realidade, nas maneiras bizarras do cenário, como funcionava a instituição psiquiátrica em 1919 e a visão caricatural da loucura:



Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dizem que eu sou LOKI !!!

Este blog não pretende ser um, um blog de crítica cinematográfica,entretanto é inegável a capcidade deste veículo de comunicação de oferecer imagens que são esclarecedoras para quem busca informações. Venho aqui para sugerir o filme Loki, simplesmente genial. Emocionante. Poderia dizer da psicopatologia, poderia mostrar a evolução natural de um transtorno mental, mas não quero fazer isso. Gostaria de que todos que assistissem este filme pudesse olhar para ele de forma subjetiva. Importante é pontuar a questão do estigma da doença que foi muito mais forte nas déadas de 70/80, mas que se encotra vivo escondido atrás de discursos hipócritas,e como o estigma pode destruir uma vida, e deixar de lado o que há de melhor nos sujeitos.
Incrível  capacidade deste sujeito em recuperar sua norma, sua normatividade, após intensa ruptura causada pela doença na sua história de vida, fica claro, que mesmo numa espécia de "autismo protetor" em que o sujeito vive hoje, como este mecanismo torna viável a continuação da sua vida e deixa para trás os prejuízos funcionais da doença. Lindo Filme. EMOCIONANTE!!!





Rodrigo Nogueira Borghi é Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

domingo, 20 de setembro de 2009

Dicas - Alimentos Funcionais e Psiquiatria

Alimentos funcionais poderiam ser definidos como aqueles que auxiliam na manutenção do funcionamento dequado do nosso organismo, e que nos protegem das inúmeras patologias que podem nos acometer. Temos discutido muito sobre suplementação, sobre o aspecto neurodegenerativo das doenças psiquiátricas e sobre a relação dos hábitos alimentares com os transtornos psiquiátricos. Vamos a algumas dicas que se adotadas cotidianamente podem evitar nossa exposição a fatores de risco importantes em processos patológicos.

Dicas:

- Tome bastante água. Evite os refrigerantes (possuem ácidos altamente lesivos ao nosso organismo), dê preferência as bebidas alcalinas como o chá verde, que além de neutralizarem os ácidos, ajudam a diminuir o colesterol ruim. 

- Beba dois copos de suco de uva por dia, tem o resveratrol, que é um excelente neuroprotetor.

- Coma castanhas e amendoim todos os dias, excelnte fonte de vitamina E e resveratrol.

- Utilize a vontade o azeite extra-virgem, mas não o use me frituras, na verdade, evite-as, caso seja necessário, utilize preferencialmente o óleo de soja, é mais seguro.

- A famosa dieta do mediterrâneo é composta predominantemente por peixes como o salmão, entretanto o salmão aqui consumido é muito diferente daquele do mediterrâneo e tem alto custo, comer sardinha aumenta a quantidade de ingestão do ômega 3, nossa "gordura" protetora e nos forneçe iodo, essencial para o bom funcionamento do organismo.

- Consumir bastante legumes e verduras.

- O extrato de tomate é ótima fonte de licopeno que nos protege do câncer.

- O extrato de linhaça, principalmente se triturado na hora do consumo é fundamental na nossa alimentação.

- Fuja do açúcar.

Mais dicas em outros posts.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

Ótimo Vídeo - Dependência

Com quatro minutos e vinte, aparece a cena de uma senhora, relatando a sua batalha contra a dependência do tabaco. É interessante como ela relata a fase de pré-contemplação e contemplação com os episódios relacionados as suas filhas. Excelente Experiência.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Sofro logo compro." (Lipovetsky)

"...quanto mais o indivíduo está isolado ou frustrado,mais busca consolo nas felicidades imediatas da mercadoria.Ersatz da verdadeira vida, o consumo exerce sua influência apenas na medida em que tem a capacidade de aturdir e de adormecer, de oferecer-se como paliativo aos desejos frustrados do homem moderno." (Gilles Lipovetsky).

O título do post e o trecho que o inicia fala de um comportamento comum da sociedade pós moderna: o hiperconsumismo. Por isso vamos falar da oniomania ou o comprar compulsivo, que é um transtorno importante que se encontra dentro dos transtornos do controle de impulso, que se caracteriza por um excesso de preocupações e desejos relacionados com a aquisição de objetos e por um comportamento caracterizado pela incapacidade de controlar compras e gastos financeiros.

Atinge com maior frequência as mulheres, inicia-se normalmente aos 18 anos de idade, pressupõe-se que seu componente biológico, seja de um déficit dopaminérgico (uma susbstância química que atua na comunicação dos neurônios), que atua de forma importante no sistema de recompena cerebral.

Sus sintomas são:

A) Preocuações, impulsos ou comportamento mal-adaptados envolvendo compras, como indicado por, pelo menos, um dos seguintes critérios:
1. Preocupação freqüente com compras ou impulso de comprar irresistível,intrusivo ou sem sentido;
2. Comprar mais do que pode, comprar itens desnecessários ou comprar por mais tempo que o pretendido.
B) A preocupação com compras, os impulsos ou o ato de comprar causam sofrimento marcante, consomem tempo significativo e interferem no funcionamento social e ocupacional ou resultam em problemas financeiros.
C) As compras compulsivas não ocorre exclusivamente em episódios de hipomania ou mania.

O tratamento indicado se faz com medicamentos e psicoterapia. Procure o especialista(Psiquiatra) que pode diagnosticar o transtorno e lhe oferecer ajuda.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Transtorno Delirante Compartilhado

É um transtorno raro, comum em mulheres, se caracteriza por um compartilhamento de idéias delirantes, entre duas ou mais pessoas, era chamado de folie à deux. Ocorre normalmente em situações de relacionamentos socilamente isolados(como no filme), aonde normalmente uma das pessoas possui uma personalidade submissa e a outra é dominante, aonde se estabelece o delírio.

Escolher falar de um transtorno raro, tem uma razão importante, é cada vez mais frequente na nossa sociedade pós moderna, marcada pelo individualismo, que existam os tais relacionamentos socialmente isolados, e com mais frequência tenho observado casos aonde pessoas mostram uma extrema necesidade da aprovação da outra, principalmente neste tipo de relacionamento, partindo deste pressuposto há uma tendência há ocorrer tal transtorno com mais frequência.

Rodrigo Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

Sessão Psicopatologia - Delírio Compartilhado

Vejam estes recortes do filme alma gêmea (heavenly creatures) de Peter Jackson. A personagen de Kate Winslet tem delírios constantes que passam a ser compartilhados por sua nova amiga da escola, conforme a amizade das mesmas crescem.



O delírio é um erro de juízo da realidade, é um juízo falso.Tem caracterísitcas importantes que é uma extraordinária convicção, ou seja, o paciente crê verdadeiramente naqueles pensamentos e é irremovível, ous seja, por mais fortes que sejam os argumentos contra o delírio, não haverá mudanças em relação a convicção do paciente sobre estes. Podemos ver isto em algumas cenas deste filme. Falaremos mais sobre o Transtorno Delirante Compartilhado que faz parte da trama do filme.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

Desculpas!!!

Peço desculpas a todos os nosso visitantes por não ter postado ontem no blog, mas tal fato ocorreu em virtude de problemas técnicos com a NET.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Psiconeuroendcrinologia ou Prevenindo-se com Eficiência ou Estresse como fator deletério.

Falaremos de uma coisa altamente importante que parece ter perdido o valor, pela sua incorporação ao nosso cotidiano. O nome desta coisa é estresse na época de seu surgimento. este foi divulgado por todas as formas de mídia, seus perigos alastrados como os de uma grande epidemia que assolava o mundo,de repente, como se ocorresse uma simples "aceitação" do estresse como um componente comum da sociedade pós-moderna, parece que ele se banalizou,e que agora só chama a nossa atenção quando ele manifesta-se através de uma patologia.

Gostaria neste texto de alertar como medidas simples de alterações no ambiente do entorno de uma pessoa até o acompanhamento rotineiro pelo psiquiatra, pode nos proteger e alongar nossa vida com qualidade.

O estresse é responsávle na maioria das vezes por levar a uma operação distorcida do nosso sistema neuroendócrino, ou seja, nossa área de interação entre nosso cérebro e a produção de nossos hormônios, que podem ser primordias, mas também prejudiciais ao nosso organismo, ou seja, a presença constante do estresse nas nossas vidas hiper ou hipoestimul este sistema neuroendócrino que ao secretar ou não substâncias de forma indevida produzem danos a longo prazo em todos os tecidos do nosso corpo desde o sistema renal e a famosa Hipertensão Arterial até o nosso sistema nervoso com as depressões até as demências.

Lembrem-se como nosso corpo funiona de forma altamente integrada: as lesões em um tecido favorecem a piora de lesões em outros e vice-versa. Não esqueçam do programa espaço aberto saúde, aonde foi dito que a presença de Hipertensão Arterial aumenta a prevalência das demências vasculares.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Seção Dúvidas - Despersonalização e Desrealização

Mais um vídeo de esclarecimento de Dúvidas:



domingo, 13 de setembro de 2009

Para ir pensando!!!

Colocarei dois vídeos de um excelente filme chamado NUMB, ele fala sobre a síndrome de despersonalização-desrealização ( entrarei em mais detalhes no próximo vídeo de dúvidas). Gostaria que vcs atentassem para as vivências que o persinagem tem em relação a doença, sua relação com o tratamento e o que mais vocês notarem de importante. Peço que trgam seus apontamentos para melhores esclarecimentos em nosso vídeo de dúvidas. Por enqunato fiquem com as cenas:





Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

www.mmbarra.com.br

sábado, 12 de setembro de 2009

gostei deste páragrafo...

"A depressão sempre teve o direito de ocupar o mesmo lugar dessas doenças( falando sobre a AIDS e o Câncer), mas foi entendida pelos seus portadores e até pela sociedade como fraqueza, fracasso da vida e não como uma patologia. Isso tem se modificado, assim como sua representação na cultura." ( Filks e Santos Junior)

Continuando a saga da memória...

Muitos me perguntam se o maior problema dos benzodiazepínicos( aqueles remédios de tarja preta) é a dependência. Eu não afirmaria isso. Minha maior questão com os benzodiazepínicos são os progressivos déficits de memória que els causam naquelas pessoas que fazem uso crônico dos mesmos.

Rodrigo Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sessão Psicopatologia

Vamos para este final de semana com esta cena deste excelente filme de cristopher nolan, ele é uma aula de psicopatologia da memória do início ao fim, ou será que do fim ao início???



Isso mesmo, o filme se passa de trás para frente, exatamente com a memória de evocação ou tardia preservada em detrimento da memória de fixação recente (lembrem-se da lei de riobt). Este é o problema do personagem, este déficit, o filme não se importa tanto com a causa de tal déficit, bem poderia ser um transtorno mental orgânico, mas o que importa??? Trata-se de um excelente filme com um excelente exemplo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Tabagismo - É possível sair dessa ou a Roda da Mudança.



No twitter fiz uma pequena provocação associando a nova lei anti-fumo e possibilidade de interromper em todos os ambiente o uso do tabaco. Minha razão é simples, na época em que pude acompanhar o ambulatório de tabagismo da faculdade de ciências médicas da UNICAMP, me deparei com uma metodologia de técnicas motivacionais que associada a lógica de redução de danos pode formar um "química" muito bem sucedida no tratamento das dependências, e ao me deparar novamente com a figura acima, pensei que seria legal motivar as pessoas a combater este hábito. Por isso explico a figura.

Esta figura foi elaborada por Clemente e Prochaska, e se refere as fases pelas quais passam as pessoas que possuem comportamento aditivos no seu processo de abandono ou diminuição do consumo de substâncias que causem dependências,ou seja, a pessoa passa por uma fase que na maioria das vezes é inconsciente,aonde surge um estímulo a interrupção do uso (pré-contemplação), que se torna consciente e pode estimular a interrupção (contemplação), e após esta fase passa a adotar metas para o abandono, que se bem-sucedidas (ação), levam ao abandono por longos períodos, ou até definitvamente (manutenção), e que pode em alguma vezes ir para uma nova fase de uso, que na maioria dos casos, ocorrem com menor frequência e intensidade do que na história anterior da pessoa (recaída); O fato mais interessante que foi observado pelos que estudam esta roda, é que quanto maior o número de vezes que o indivíduo "passe" por esta roda, maior é a possibilidade de uma abstinência defintiva.

Em resumo, uma boa terapia motivacional, associada a um acompanhamento médico especializado (puxo sardinha pro meu lado, é claro!) pelo psiquiatra e um bom conhecimento sobre redução de danos( falaremos sobre este tema mais a frente) pode gerar sucesso importante no tratamento das dependências químicas.

Procure seu especialista!!!

Rodrigo Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Suplementação Alimentar e Psiquiatria

Avaliando três programas que passaram neste final de semana: Globo Repórter, Fantástico e Espaço Aberto saúde, pude notar algo incomum nos três e que temos falado bastante em nosso blog, a questão do hábito alimentar no processo degenerativo das doenças crônicas, como não posso dar ponto sem nó, aguardei as preciosas informações que foram dadas nestes programas para fazer uma afirmação: A mudança do hábito alimentar é primordial na prevenção destes processos degenerativos, entretanto revisando a literatura, sobre o assunto,digo que mesmo os nutrientes desta dieta saudável não são suficientes para fazer esta proteção de que tanto falamos e para isso é necessária a suplmentação alimentar.

Listarei aqui algumas substâncias que devem ser suplementadas e por quê:

Vitamina A: Reforço do Sistema Imunológico e Anti-oxidante
Vitamina E: Anti-oxidante
Vitamina D: Protetor do Sistema Ósseo
Vitaminas do Complexo B: Anti-oxidantes e Neuroprotetores
Vitamina C: Anti-oxidante
Minerais(exceção do ferro): Protetores Coronários
Coenzima Q10: Anti-oxidante
Prontocianidinas: Anti-oxidante e protetor hepático
Ácido Alfa-lipóicoAnti-oxidante
Carnosina: Neuroprotetor
Resveratrol: Proteção de Doenças Vasculares

Importante lembrar que o processo degenerativo que ocorre com o envelhecimento favorece a alguns transtornos mentais e que alguns transtornos mentais favorecem o processo degenerativo. Cabe observar que existe outras substância que devem sersuplementadas,orienta-se a procura do especialista para o tratamento adequado.

Rodrigo Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clíníco do Mental Medical Barra

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Seção Dúvidas

Mais um vídeo esclarecendo dúvidas de nossos leitores.




Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sessão Psicopatologia

Vamos para mais um alteração psicopatológica:




A peixinha dory, como vocês podem ver na cena possui um pequena probleminha na memória chamamos de déficit de memória de fixação, ou como ela mesmo definiu perda de memória recente. A memória pode ser dividida didaticamente em duas formas: memória de fixação e memória de evocação ou memória recente e memória tardia; a definição é simples, a memória de fixação, é aquela em que você recebe a informação e incia todos os processos mentais necessários para fixar tal memória, quando fixada a memória, passamos a utilizar os processos mentais dos quais que dependem a evocação desta memória.

Vemos as alterações de memória recente em diversos quadro, citarei dois: o início da demência de alzheimer e nos transtornos mentais orgânicos, dentre outros.

Cabe ressaltar uma informação importante, a chamada lei de Ribot, que diz que perdemos a memória recente em detrimento da meória tardia, ou seja a memória recente sempre é afetada antes que a memória tardia.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

domingo, 6 de setembro de 2009

Inflamação - O vilão Silencioso

Começarei o texto com um prova da linearidade histórica da ciência: Em 1852, o psiquiatra Morel chamou formalmente a esquizofrenia de "démence precoce", Kraeplin, outro psiquiatra validou o termo, aprofundando-o, até que Bleuler de fato passou a utilizar o termo esquizofrenia para caracterizar a doença; todos estes cientistas já percebiam o importante componente degenarativo da doença há mais ou menos dois séculos, e hoje com o avanço da ciência, ao ler aos estudos que apontam o futuro do tratamento desta doença, fica claro que este passa pelo correção do processo neurodegenerativo que marca historicamente o transtorno. Hoje se observa que tal processo tem diversas etiologias (razões para o seu surgimento), um deles é o processo inflamatório crônico que estamos submetidos principalmente pelos hábitos da atual conjuntura da sociedade que vivemos, principalmente os hábitos alimentares a presença de grandes quantidades de açúcar na nossa dieta, a prevalência do ômega 6 (pró inflamatório) em detrimento do ômega 3 na nossa dieta cotidiana, favorecem a processo degenarativo das nossas células, principalmente as neuronais, favorecendo a evolução complicada de portadores de doenças como a esquizofrenia e acelerando o processo de início de novas doenças com o Alzheimer. Podemos controlar este processo inflamtório, atundo na prevenção e melhora das doenças, através de um exame de sangue, podemos avaliar o processo inflamatório, e propôr mudanças de hábitos, assim como o uso de suplementação alimentar e outras medidas.

Rodrigo Nogueira Borghi - Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

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sábado, 5 de setembro de 2009

Sessão Psicopatologia

Esta é uma nova parte do nosso blog, aonde apontarei manifestações psicopatológicas, uma das principais ferramentas diagnósticas do psiquiatra.

Esta seção é importante, pois muitos pacientes têm algumas dúvidas em relação ao uso de exames laboratoriais para confirmar um diagnóstico psiquiátrico, em certos casos, não há tal necessidade, em virtude desta ferramenta que passaremos abordar.

Vejamos duas cenas de Tarso na novela caminho das índias:





Em ambas as cenas tarso vive uma alteração da função mental, chamada de consciência do eu, que se define como a função responsável pela nossa consciência de si próprio, ela se subdivide em alterações da atividade ( consciência da ação), Unidade ( consciência de que o eu é o mesmo em um dado momento), identidade ( consciência do eu se o mesmo dentro de uma linha do tempo), oposição eu/mundo ( Consciência do limite entre o eu e o mundo exterior).

Basicamentea uma alteração da identidade e da unidade na primeira cena, quando tarso diz que tudo está mudando e se olha no espelho e na segunda uma alteração da atividade conhecida como roubo de pensamento.

As alterações da consciência do eu ocorre na grande maioria das vezes no quadro de esquizofrenia, mas duas alterações da atividade e oposição eu/mundo: a despersonalização (estranhamento consigo mesmo) e desrealização (estranhamento em relação ao mundo exterior) podem ocorrer em transtornos ansiosos como o pânico e a ansiedade generalizada ou em uma doença conhecida com transtorno de despersonalização-desrealização.

Importante lembrar que a avaliação de alterações psicopatológicas, variam entre as pessoas e dependem do contexto de cada sujeito individualmete.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Modulação Hormonal e Déficits Cognitivos

"Todo Psiquiatra deve ser um bom clínico e manter-se atualizado." Esta frase pode parecer óbvia, mas sua importância é incalculável. Recentemente estudos conduzidos pela A4M ( Medicina Anti-aging) têm apontado progressos relativos em relação ao processo de anti-envelhecimento tanto em termos estéticos, quanto na fisologia do nosso organismo durante o proceeso de envelhecimento, tais estudos tem apontado relevantes descobertas para os psiquiatras, principalmente para aqueles que se deparam com portadores de algum tipo de declínio cognitivo como o Mal de Alzheimer.

Entre os avanços me deterei a questão da modulação hormonal. Todos conhecemos através da mídia, duas pausas hormonais importantes: Menopausa (estrogênio e progesterona) e a Andropausa (testosterona), mas não só estas pausas ocorrem, existe também a melatopausa(melatonina), somatopausa (hormônio de crescimento), adrenopausa (DHEA) e a tireopausa (hôrmonios tireoideanos), todas estão intimamente relacionadas a um aumento de incidência de transtornos mentais (depressão, ansiedade, etc..) e declínios cognitivos associados ao envelhecimento.

A reposição hormonal de forma modulada com o acompanhamento médico, tem sido cada vez mais indicada e pode prevenir problemas futuros importantes, principalmente com a chegada dos hormônios bioidênticos

Procure o psiquiatra, para uma avaliação.

Em caso de questões estamos abertos ao contato: atendimento@mmbarra.com.br

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Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tirando suas dúvidas

Nossa Ferramenta de comunicação: o Vídeo.



segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Será que não tem prevenção pro mal de alzheimer???

Veja a entrevista que segue:









Muito interessante esta entrevista no programa do Jô, sobre a o Mal de Alzheimer e outros quadros demenciais na terceira idade, entretanto muitas questões ficaram no ar na minha avaliação, principalmente quanto aquelas relacionadas a prevenção e a existência de neuroprotetores que possam ser utilizados no intuito de evitar e/ou retardar a doença. O Dr. Oscar limitou-se a relatar estudos que não tiveram relevância clínica com substâncias que foram chamdas de neuroprotetoras como a gincko biloba e a vitamina E; concordo com o doutor sobre a falta de subsídios científicos para que consideremos tais substâncias como neuroprotetoras. O doutor ainda relacionou dois fatores importantes na neuroproteção, que foi o uso do resveratrol( substância encontrada no vinho) e a dieta do mediterrâneo, mas gostaria de colocar que a ação do resveratrol e do ômega 3 (componente principal da dieta do mediterrâneo) seriam importantes neuroprotetores quando em situações aonde estas substâncias fosssem administradas como parte da suplementação alimentar( principalmente no combate aos diverso fatores inflamtórios prévios as doenças crônico-degenerativas), já que o empobrecimento da dieta em nossa cultura, associado a outros fatores importantes relacionados a produção e conservação destes produtos, mostram que a ingestão na dieta se dá em subdoses relativas, que diminuem a capacidade neuroprotetora. Ressalto ainda estudos recentes das sociedades de nutrologia e de medicina anti-aging(anti-envelhecimento), mostram outras substâncias neuroprotetoras que podem ser suplementadas como a vimpocetina, que teria um relevante papel de prevenção nos distúrbios cognitivos em idosos. Fica claro a importância da avaliação frequente pelo psiquiatra, no intuito da prevenção e diagnóstico precoce destas doenças. No próximo artigo falaremos da reposição hormonal como mais um fator de neuroproteção.

Rodrigo Nogueira Borghi é Médico Psiquiatra e Diretor Clínico do Mental Medical Barra

(www.mmbarra.com.br)